quinta-feira, 10 de março de 2011

ATA DA 157ª REUNIÃO DO COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA (COPOM), REALIZADA EM 01 E 02/03/2011

O Comitê de Política Monetária aumentou a taxa Selic para 11,75% a.a. na última reunião. Confira: http://www.bc.gov.br/?COPOM157.

Veja como a elevação da taxa impacta o seu dia-a-dia: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/03/03/saiba-como-o-aumento-da-taxa-selic-influencia-no-seu-bolso.jhtm

NÚMERO DE BILIONÁRIOS É RECORD EM 2011, DIZ FORBES

         O número de bilionários em todo o mundo atingiu o recorde de 1.210 neste ano, segundo a 25ª edição da lista copilada anualmente pela revista americana Forbes, divulgada nesta quarta-feira.
         Em 2010 haviam 1.011 bilionários no mundo, de acordo com a Forbes.
         A fortuna combinada destes bilionários também é recorde, somando US$ 4,5 trilhões.
         Até o ano passado, apenas os Estados Unidos haviam produzido mais de 100 bilionários, mas a lista atual aponta 115 chineses e 101 russos entre os mais ricos.

Mais ricos

        Países dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) produziram 108 dos 214 novos nomes que entraram na lista deste ano.
        Um em cada quatro bilionários vem destes países. Há cinco anos, a proporção era de um em cada dez bilionários.
        O mexicano Carlos Slim manteve pelo segundo ano consecutivo o posto de mais rico do mundo, com fortuna avaliada em US$ 74 bilhões. O gigante do ramo de telecomunicações acumulou US$ 20,5 bilhões apenas em 2010.
         Em segundo lugar, está o co-fundador da Microsoft, o americano Bill Gates, que perdeu a primeira posição ao doar mais de US$ 30 bilhões para a caridade. Atualmente Gates tem fortuna de US$ 56 bilhões.
         O investidor, também americano, Warren Buffett é o terceiro mais rico com US$ 50 bilhões.
         O brasileiro Eike Batista manteve a oitava posição com fortuna de US$ 30 bilhões, um aumento de US$ 3 bilhões durante 2010.
        O número de mulheres na lista subiu de 89 no ano passado para 102. Os EUA permanecem o país com a maior quantidade de representantes, 413, dez a mais do que em 2010.
         O bilionário mais jovem da lista é Dustin Moskovitz, do Facebook, com US$ 2,7 bilhões aos 26 anos de idade. O mais velho é o suíço Walter Haefner, com 100 anos e fortuna de US$ 4 bilhões.

terça-feira, 8 de março de 2011

CRESCIMENTO DO PIB BRASILEIRO NO PERÍODO 2001/2010

PIB do Brasil: variação nos últimos 10 anos

2010: 7,5%
2009: -0,6%
2008: 5,2%
2007: 6,1%
2006: 4,0%
2005: 3,2%
2004: 5,7%
2003: 1,1%
2002: 2,6%
2001: 1,3%
* Fonte: IBGE

domingo, 6 de março de 2011

PARAÍSOS FISCAIS

Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o principal país a investir no Brasil em 2010 foi Luxemburgo: de lá saíram US$ 8,63 bilhões, seguido pelos Países Baixos, que investiram US$ 6,69 bilhões. Em terceiro lugar na lista de investidores brasileiros, aparece a Suíça, com US$ 6,43 bilhões investidos. Alguns chegam a dizer que o dinheiro estaria voltando de países considerados pela Receita Federal como paraísos fiscais - países com baixa tributação sobre a renda. Mas vale ressaltar que esses países não figuram como paraísos fiscais. Estes países se manifestaram contra sua inclusão na nova lista de 14 novos paraísos fiscais divulgada pela Receita em junho do ano passado e conseguiram ficar de fora da lista brasileira. Aliás, vale ressaltar que somente a Suiça chegou a figurar na lista de paraísos fiscais. Luxemburgo e Países Baixos foram considerados como países com regimes fiscais privilegiados, mas assim como Suíça e Holanda, conseguiram ser excluídos. E a lista final ficou com 64 países, 11 a mais do que na última atualização, ocorrida em 2002. Mas o interessante é que investidores que mantinham recursos aplicados nesses locais podem ter optado por investir no Brasil em 2010. O que estaria por trás deste movimento?
Pela definição, paraísos fiscais são aqueles países que têm tributação de renda inferior a 20% e trabalham com sigilo societário, tendo uma legislação que não permite saber quem são os proprietários ou sócios de empresas. Deste modo, as operações realizadas do Brasil com "pessoas físicas ou jurídicas" dos países listados têm uma tributação de 25% nas remessas a título de ganho de capital e a título de prestação de serviço. Normalmente o imposto cobrado nessas operações é de 15%. Outra sanção do governo brasileiro é a aplicação da regra dos chamados preços de transferência. Essa regra visa punir operações de superfaturamento de operações de vendas entre empresas vinculadas, deixando a maior parte do lucro da holding no país de mais baixa tributação. A aplicação no caso de paraísos fiscais vale também para operações entre empresas que, por conta da regra de sigilo comercial, não têm a vinculação formal. Aumentando a lista dos países que se enquadram na categoria de "paraíso fiscal", o Brasil está protegendo sua economia. Segundo uma pesquisa feita em 2009, os paraísos fiscais recebem 70% dos investimentos brasileiros no exterior. Os investimentos diretos de empresas brasileiras em outros países chegaram a US$ 103,9 bilhões em 2007 - último ano de que se dispõe de dados consolidados pelo Banco Central. Metade desse valor foi cadastrada nas Bahamas e nas Ilhas Cayman. Pessoas físicas também têm contas correntes nesses países. Dos US$ 22 bilhões que brasileiros depositaram no exterior, 34% passaram pelos cofres de instituições com sede em paraísos fiscais.

Investidores com recursos nesses países podem ter voltado a investir no Brasil

A nova listagem divulgada pela Receita Federal no ano passado mostrou também que o Brasil está se adequando à tendência mundial de cobrar maior transparência no sistema financeiro internacional - tema que foi debatido durante encontro do G-20 em Londres, em abril de 2009. Na reunião, os paraísos fiscais foram apontados como vilões da economia mundial e discutiu-se, inclusive, a aplicação de sanções contra aqueles que se negarem a reformular sua legislação bancária. Nos Estados Unidos, por exemplo, de acordo com um estudo feito no fim de 2008, há perda de arrecadação da ordem de US$ 100 bilhões por ano em função dos "abusos tributários" envolvendo os paraísos fiscais. Isso mostra que a exigência de maior transparência no que diz respeito às transações com esses países faz-se uma verdadeira necessidade.
A nova instrução também inclui a lista de países que apresentam "regimes fiscais privilegiados". Eles não se enquadram na definição corrente de "paraíso fiscal", mas permitem alguns privilégios para determinados grupos de pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de atrair investimentos. A Receita listou um total de nove países, incluindo Estados Unidos, Malta, Uruguai e Espanha, entre outros. As empresas que fazem remessas de lucros para companhias do mesmo grupo nesses países são incluídas no regime de preços de transferência, que cobra carga maior de Imposto de Renda.
A ampliação da lista de paraísos fiscais foi considerada polêmica. Porém, além de ser uma medida que protege a arrecadação nacional de impostos, não deve impactar de maneira significativa o fluxo de capitais que chega ao país, apesar de ter potencial para reduzir a rentabilidade de fundos e títulos nacionais negociados por pessoas e empresas residentes nesses lo cais, segundo apontam especialistas. Isso porque as taxas de juros praticadas pelo Brasil ainda são muito mais vantajosas do que a de outros países. Além disso, como trata de aplicações nos mercados financeiros, a nova listagem não vai influenciar o fluxo de investimento estrangeiro direto do país, que inclui gastos com o setor produtivo.
É justo que as operações nos mercados financeiros do Brasil de investidores baseados nos países que têm vantagens tributárias passem a pagar imposto. A lista de paraísos ajuda a controlar as condições fiscais do país, evitando lavagem de dinheiro e fuga de capital. Mostra também o comprometimento do Brasil com a comunidade internacional e com a defesa de seu sistema financeiro (Por Jonas Lopes de Carvalho Neto, Jornal Valor Econômico, 25/02/2011) 

sexta-feira, 4 de março de 2011

PLANO ANUAL DE FINANCIAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA

         Desde o ano de 2000 a STN divulga em seu site o Plano Anual de Financiamento da Dívida Pública - PAF. é um documento que contém informações preciosas sobre a forma como o Tesouro Nacional administra a sua dívida. Confira no link http://www.stn.fazenda.gov.br/divida_publica/paf.asp

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O QUE É PAPEL-MOEDA (OU MOEDA FIDUCIÁRIA)?

Atualmente, para comprarmos boa parte de tudo que necessitamos usamos as CÉDULAS  e  MOEDAS METÁLICAS. Como normalmente a temos em mãos (ou no bolso ou na carteira) elas são também conhecidas como MOEDA MANUAL. Mas…como nasceram as Cédulas e moedas metálicas que hoje utilizamos? Uma breve retrospectiva histórica nos ajudará a saber como elas surgiram.

Houve um primeiro momento na história da economia mundial em que prevaleceu entre nós um sistema de TROCAS DE MERCADORIAS: os homens trocavam mercadoria por mercadoria. Foi o período do ESCAMBO. Com o passar do tempo, contudo, as comunidades foram percebendo que o escambo apresentava alguns inconvenientes. De forma bem simplificada, se alguém desejasse adquirir maçãs e dispussesse de abacates, era preciso que ela se esforçasse para encontrar uma outra pessoa que tivesse maçãs e desejasse adquirir abacates. Viu-se, assim, que essa forma de comercializar devia ser logo abandonada.

Para superar esse problema os homens recorreram ao uso de METAIS NÃO NOBRES no comércio de produtos. Primeiramente, foram usados o cobre, o bronze e o ferro. Posteriormente, passou-se a adotar o ouro e a prata, isto é, os chamados METAIS NOBRES. Com o passar do tempo, contudo, os comerciantes perceberam que transportar metais gerava inconvenientes. O peso, por exemplo, era, muitas vezes, excessivo. Em razão disso, surgiram as CASAS DE CUSTÓDIA que, conforme o nome aduz, eram instituições que guardavam e conservavam os metais nobres. As casas de custódia, na verdade, são precursoras dos BANCOS, atualmente bastante conhecidos entre nós.

Cada Casa de Custódia, ao receber uma certa quantidade de metais nobres de um determinado mercador, entregava ao mesmo um CERTIFICADO DE DEPÓSITO. Esse certificado amenizou, sobremaneira, as dificuldades outrora vividas pelos comerciantes. Já não precisavam transportar pesadas quantidades de metais; bastavam transportar os CERTIFICADOS DE DEPÓSITOS. Como para cada certificado em circulação havia um correspondente quantitativo de metais depositado numa Casa de Custódia, os certificados começaram a ganhar AUTONOMIA  e CREDIBILIDADE. Assim, os comerciantes passaram a usar os Certificados como MOEDA. Caso algum comerciante desejasse comprar algo, bastava pagar com um CERTIFICADO. Surgia, então, uma nova modalidade monetária: a MOEDA-PAPEL, representada pelos Ceritificados de Depósitos, em contraposição à MOEDA METÁLICA. As denominações decorrem da natureza de cada um: o primeiro era feito de PAPEL enquanto a última era feita de METAL.

Com o tempo, contudo, os Certificados de Depósitos foram sendo gradativamente substituídos pelo PAPEL-MOEDA ou MOEDA FIDUCIÁRIA. Esta nova modalidade monetária corresponde às CÉDULAS de dinheiro que cada um de nós temos no bolso. É chamada de PAPEL-MOEDA para diferenciá-la da MOEDA-PAPEL. Por que a inversão dos termos? É que a MOEDA-PAPEL era 100 % LASTREADA enquanto o PAPEL-MOEDA NÃO TEM LASTRO NENHUM. E o que é LASTRO em Economia? Bem, LASTRO é o termo designado pelos economistas para dizer, em última análise, que cada centavo descrito na MOEDA-PAPEL estava SUPORTADO por um correspondente centavo em MOEDA METÁLICA depositado nas Casas de Custódia. Assim, a MOEDA-PAPEL era 100% lastreada, isto é, 100% segura. Ela valia não por possuir um valor em si mesma, mas porque possuía, ABAIXO DE SI, um valor correspondente, representado por metais preciosos (ouro e prata) depositados nas Casas de Custódia. O valor da moeda-papel era, portanto, RELATIVO.

No tocante ao PAPEL-MOEDA, contudo, a história era outra (ou passou a ser outra). isto porque esta nova modalidade monetária possui um valor ABSOLUTO: ela vale POR SI MESMA. Não possui, abaixo de si, nenhum correspondente valor depositado. Ela mesma já possui esse valor. Daí, a propósito, deflui uma importante característica dos papéis-moeda: possuir RESERVA DE VALOR de onde se extrai, aliás, sua outra denominação: MOEDA FIDUCIÁRIA, isto é, aquela 'QUE DEMONSTRA CONFIANÇA". Podemos, portanto, confiar nela.